Fatores que influenciam formas mais graves de microcefalia por Zika vírus quando comparado à síndrome da rubéola congênita
Palabras clave:
Microcefalia, Zika vírus, Rubéola congênitaResumen
A microcefalia é uma condição neurológica onde o perímetro cefálico das crianças acometidas são menores do que os padrões estipulados pelo Ministério da Saúde. Esta anomalia está associada a diversos fatores como: infecções congênitas, fatores genéticos, exposição a substâncias químicas, consumo de bebidas alcoólicas durante a gravidez. Infecções causadas pelo Zika vírus e pela Rubéola podem ocasionar a microcefalia e por isso é importante identificar os fatores que influenciam as formas mais graves de microcefalia por Zika vírus quando comparado a síndrome da rubéola congênita. O estudo é uma revisão baseada na literatura, onde foi utilizado as bases de dados: EBSCO, Pubmed, Scielo, Medline e Lilacs e sites governamentais como, Ministério da Saúde e Fiocruz. Com artigos selecionados entre 1995 a 2017. Foram utilizados 26 artigos e 5 protocolos de saúde que demonstraram as características morfofisiológicas da microcefalia por Zika vírus e Rubéola. Destaca-se que a maioria dos casos de microcefalia por Zika vírus apresentam calcificações cerebrais e autores associam está disfunção com a presença de lisencefalia e ventriculomegalia. Nos casos de microcefalia por rubéola, a anomalia cardíaca é o distúrbio mais frequente. Os fatores que contribuem para as formas mais graves de microcefalia nos casos de rubéola é o início do período gestacional. Nos casos de microcefalia por Zika vírus, a quantidade de vírus que estão no organismo e a influência do genótipo materno e o sistema imune da mesma, irão influenciar nas formas mais graves de microcefalia.
Citas
ALLEMANN, Norma. Avaliação oftalmológica do recém-nascido. Publicado na revista Fleury Medicina e Saúde 28 de maio de 2008. Disponível em: <http://www.fleury.com.br/medicos/educacao-medica/artigos/Pages/avaliacao-oftalmologica-do-recemnascido.aspx>. Acesso em: 20 dez. 2018
BRASIL. Ministério da Saúde. Centro de operações de emergências em saúde pública sobre microcefalias. Semana Epidemiológica (SE), abril de 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Brasil adota recomendação da OMS para microcefalia. Disponível em: http://www.combateaedes.saude.gov.br/pt/noticias/398-brasil-adota-recomendacao-da-oms-e-reduz-medida-para-microcefalia. Acesso em: 20 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Rubéola. Rubéola Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/rubeola. Acesso em: 20 dez. 2018.
BROWN, C. Zika virus outbreaks in Asia and South America. Canadian medical Association Jornal. pii: cmaj.109-5212. 2015. <http://10.1503/cmaj.109-521>. Acesso em: 20 dez. 2018
CANOSSA, G C C, et al. Zika vírus: análise, discussões e impactos no Brasil. I SEMINÁRIO DE POLÍTICAS PÚBLICAS E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL. Revista Interface Tecnológica: v. 14 n. 1 2017.
CALVET G, AGUIAR RS, MELO AS, SAMPAIO SA, de FILIPPIS I, FABRI A, et al. Detection and sequencing of Zika virus from amniotic fluid of fetuses with microcephaly in Brazil: a case study. Lancet Infect Dis, 2016.
COFFITO. Sistema COFFITO/CREFITOs. Diagnóstico: Microcefalia. E agora? 2016, 12 p. Disponível em: <http://coffito.gov.br/nsite/wp-content/uploads//comunicao/materialDownload/CartilhaMicrocefalia_Final.pdf>. Acesso em: 14 de agosto de 2017.
CÓSER, P L e VILANOVA, L C P. Rubéola Materno-Fetal: Avaliação da Perda Auditiva por Audiometria de Tronco Cerebral. 2244. v. 62. ed. 5 / Período: setembro - outubro de 1996.
COSTA, F A S et al. Síndrome da Rubéola Congênita: revisão de literatura. Revista de Medicina e Saúde de Brasília,2013.
CUGOLA, F R., et al. The Brazilian Zika virus causes birth defects in experimental models. Nature, published online 11 de may 2016.
DEBEI, J H. et al. Infecção por zika vírus e nascimento de crianças com microcefalia: revisão de literatura. Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT (Cáceres). jan.-jul. (p. 59-75). 2016.
DEVAKUMAR D, BAMFORD A, FERREIRA MU, BROAD J, ROSCH RE, GROCE N, et al. Infectious causes of microcephaly: epidemiology, pathogenesis, diagnosis, and management. Lancet Infect Dis 18:e1-13, 2018.
FACCINI, L S, et al. Possível associação entre infecção por vírus zika e microcefalia - Brasil, 2015. Us Department of Health and Human Services/Centers for Disease Control and Prevention. MMWR / january 29/ vol. 65. 2016.
FANTINATO, F.F. S. T.; ARAÚJO, E.L.L.; RIBEIRO, I.G.; et al. Descrição dos primeiros casos de febre pelo vírus Zika investigados em municípios da região Nordeste do Brasil, 2015. Epidemol. Serv. Saúde. 2016.
FERRAZ, G. Estudo clínico-moleculares de três famílias pernambucanas com microcefalia primária. Centro de ciências biológicas. Curso de doutorado em ciências biológicas na universidade federal de Pernambuco. Recife, outubro de 2003.
GRANZOTTI, JA et al. Síndrome da rubéola congênita e a Ocorrência de Cardiopatias Congênitas. Jornal de Pediatria. Vol. 72, Nº4, 1996.
LIUZZ, Giuseppina. Zika virus and microcephaly: is causal correlation or coincidence? Received February 2, 2016 New Microbiologica, 39, 2, 83-85, 2016, ISN 1121-7138.
MENEZES, H L dos S, et al. Zika vírus associado à microcefalia. Sociedade de patologia do Tocantins. Rev Pato Tocantins, V.3, n. 02, 2016.
MLAKAR, J, et al. Zika virus associated with microcephaly. This article was published on February 10, 2016.
MORAES, M M. Perfil soroepidemiológico da rubéola no período pré-vacinal (1989-1999) e pós-vacinal (2000-2005) de pacientes referenciados no instituto Evandro de Chagas. Universidade Federal do Pará.
NUNES, M L, et al. Microcefalia e vírus Zika: um olhar clínico e epidemiológico do surto em vigência no Brasil. J pediatr (Rio J).2016;92(3):230-240. Aceito 22 de fevereiro de 2016.
OLIVEIRA, M AS, et al. Infecção intrauterina zika vírus causa anormalidade cerebral do feto e microcefalia: ponta do iceberg? Ultrasound obstet gynecol. jan;47(1):6-7. 2016.
PEDREIRA, D A L. Rubéola na gestação: Repercussões sobre o produto conceptual. São Paulo, 1998.
PEREIRA, D A P, et al. Infecção congênita em pacientes matriculados em programa de referência materno infantil. Revista Paraense de Medicina V.29(1) janeiro-março 2015.
SÁ, F.E; ANDRADE, M.M.G; NOGUEIRA, E.V.C. et al. Produção de sentidos parentais no cuidado de crianças com microcefalia por vírus Zika. Revista Brasileira em Promoção a Saúde. V.30, n.4. 2017.
SALGE, A K M, et al. Infecção pelo vírus Zika na gestação e microcefalia em recém-nascidos: revisão integrativa de literatura. Rev. Eletr. Enf,2016.
VARGAS, A, et al. Características dos primeiros casos de microcefalia possivelmente relacionados ao vírus Zika notificados na região metropolitana de recife, Pernambuco. Epidemiol. Serv. Saude, brasília, 25(4):691-700, out-dez 2016.
VICTORA CG, SCHULER-FACCINI L, MATIJASEVICH A, RIBEIRO E, PESSOA A, BARROS FC. Microcephaly in Brazil: how to interpret reported numbers? Lancet; 387:621-4, 2016.
XAVIER-NETO, J. et al. Hydrocephalus and arthrogryposis in an immunocompetent mouse model of ZIKA teratogeny: A developmental study. PLOS Neglected Tropical Diseases. 23 fev. 2017.
ZIELLINSKY, P. Malformações cardíacas fetais. Diagnóstico e conduta. Arq. Bras. Cardiol. vol. 69.n.3. São Paulo, 1997.
ZORZETTO, R. Zika BR. Revista Pesquisa fapesp. Junho de 2016.. Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2016/06/046-049_Zika_244.pdf>. Acesso em: 20 out. 2018.