Síndromes de dispersão de frutos e sementes do fragmento urbano (19º BC) de Mata Atlântica, Cabula, Salvador, Bahia
Palabras clave:
Dispersão, frutos, sementes, Mata Atlântica, SalvadorResumen
Analisar as síndromes de dispersão de uma comunidade vegetal pode contribuir para a compreensão da sua dinâmica e conservação. O presente estudo foi realizado em um fragmento de Mata Atlântica, chamado Mata do Cascão, localizado no 19º Batalhão de Caçadores do Exército Brasileiro, no bairro do Cabula, Salvador-Ba. Objetivou-se identificar os padrões de síndromes de dispersão de frutos e sementes das espécies que ocorrem na área. O material coletado encontra-se depositado no Herbário RADAMBRASIL (IBGE) Bahia. As 98 espécies vegetais encontradas pertencem a 67 gêneros, integrantes de 40 famílias, sendo em sua maioria herbáceas (48%), com representantes arbustivos (34%) e arbóreos (18%). Quanto à síndrome de dispersão, a mais frequente foi zoocoria (58%), seguida de anemocoria (25%) e autocoria (17%). A síndrome zoocórica foi mais frequente em todos os hábitos, corroborando um padrão já registrado para ambientes de Mata Atlântica.
Citas
BARROSO, G. M.; MORIM, M. P.; PEIXOTO, A. L.; ICHASO, C. L. F. Frutos e sementes: morfologia aplicada a sistemática de dicotiledôneas. Viçosa: UFV, 1999. 443 p.
BEGON, M.; TOWNSEND, C. R.; HARPER, J. L. Ecologia de indivíduos a ecossistemas. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
CARMO, M. R. B.; MORELLATO, L. P. C. Fenologia de árvores e arbustos das matas ciliares da Bacia do rio Tibagi, Estado do Paraná, Brasil. In: RODRIGUES, R. R.; LEITÃO FILHO, H. F. (Ed.) Matas Ciliares: conservação e recuperação São Paulo: Edusp, 2000. p. 125-141.
CRONQUIST, A. An integrad system of classication of flowering plants. New York, USA: Columbia University, 1981. 128 p.
FREIRE, E. Fluxo gênico entre algodoeiros convencionais e transgênicos. Revista de Oleaginosas e Fibrosas, Campina Grande, v. 6, n. 1, p. 471-482, 2002.
FONTES, E. M. G.; SUJII, E. R. (Ed.). Impacto ecológico de plantas geneticamente modificadas: o algodão resistente a insetos como estudo de caso. Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia: CNPq, 2003. p. 163-193.
FRANKIE, G. M.; BAKER, H. G.; OPLER, P. A. Comparative phonological studies of trees in tropical lowland wet and dry forest sites of Costa Rica. Journal of Ecology, v. 62, p. 881-913, 1974.
GRIZ, L. M. S.; MACHADO, I. C. S. Fruiting phenology and seed dispersal syndromes in caatinga, a tropical dry forest in the northeast of Brazil. Journal of Tropical Ecology, Cambridge, v. 17, p. 303-321, 2001.
GENTRY, A. H. Lianas and the “paradox” of contrasting latitudinal gradients in wood and litter production. Tropical Ecology, v. 24, n. 10, p. 63-67, 1983.
HOWE, H. F.; SMALLWOOD, J. Ecology of seed dispersal. Annual Review of Ecology and Systematics, New York, n. 13, p. 434-436, 1982.
HILTY, S. L. Flowering and fruiting periodicity in a premontane rain forest in Pacific Colombia. Biotropica, v. 12, n. 4, p. 298-306, 1980.
JANZEN, D. Ecologia vegetal nos trópicos. São Paulo: EPU/EDUSP, 1986, 80 p.
JOLY, A. J. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. São Paulo: Nacional, 2002, 72 p.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v. 1.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v. 2.
MACHADO, I. C.; LOPES, A. V. A polinização em ecossistemas de Pernambuco: uma revisão do estado atual do conhecimento. In: TABARELLI, M.; SILVA, J. M. C. (Org.). Diagnóstico da biodiversidade de Pernambuco. Recife: Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio-Ambiente, Fundação Joaquim Nabuco. 2002. p. 583-596.
MORI, S. A.; MATTOS-SILVA, L. A.; LISBOA, G.; CORANDI, L. Manual de manejo do herbário fanerogâmico. Ilhéus: Ceplac, 1989. 104 p.
MORELLATO, L. P. C.; LEITÃO-FILHO, H. F. Padrões de frutificação e dispersão na Serra do Japi. In: MORELLATO, L.P.C. (Org.). História natural da Serra do Japi: ecologia e preservação de uma área florestal no Sudeste do Brasil. Campinas: Editora da UNICAMP/FAPESP, 1992. p. 112-139.
KINOSHITA, L. S.; TORRES, R. B.; MARTINS, E. R. F.; SPINELLI, T.; AHN. Y. J.; CONSTÂNCIO. S. S. Composição florística e síndromes de polinização e de dispersão da mata do Sítio São Francisco, Campinas, SP, Brasil, Acta Botânica Brasílica, v. 2, n. 20, p. 313-327, 2005.
RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 906 p.
RONDON-NETO, R. M.; WATZLAWICK, L. F.; CALDEIRA, M. V. W. Diversidade florística e síndromes de dispersão de diásporos das espécies arbóreas de um fragmento de floresta ombrófila mista. Revista Ciências Exatas e Naturais, v. 3, n. 2, p. 209-216, 2001.
ROTH, I. Stratification of a tropical forest as seen in dispersal types. Dordrecht: Dr W. Junk Publishers. 1987. 26 p.
SPINA, A. P., FERREIRA, W.M.; LEITÃO-FILHO, H. F. Floração, frutificação e síndromes de dispersão de uma comunidade de floresta de brejo na região de Campinas (SP). Acta Botânica Brasílica, v. 15, n. 3, p. 349-368, 2001.
SILVA, J. M. C.; TABARELLI, M. Tree species impoverishment and the future flora of the Atlantic forest of northeast Brazil. Nature, v. 404, n. 1, p. 72-74, 2000.
TABARELLI, M.; PERES, C. A. Abiotic and vertebrate seed dispersal in the Brazilian Atlantic forest: implication for forest regeneration. Biological Conservation, v. 106, p. 165-176, 2002.
WEISER, V. L.; GODOY, S. A. P. Florística em um hectare de Cerrado stricto sensu na ARIE – Cerrado Pé-de-Gigante, Santa Rita do Passa Quatro, SP. Acta Botânica Brasílica. v. 15, n. 2, p. 201-212, 2001.