A influência do determinismo ambiental na percepção dos fatores epigenéticos para a variedade de orientações sexuais
uma análise da concepções de professores
Palavras-chave:
Determinismo ambiental, concepção de professores, orientação sexualResumo
A variedade de orientações sexuais (VOS) desperta interesse tanto na comunidade científica como na sociedade em geral. Discussões sobre este tema ganham vigor ao buscar na genética seu arcabouço teórico. Todavia, apesar de importante, a discussão é também envolvida por fatores epigenéticos e pela influência do meio no tratamento do tema. Assim, desenvolvemos este trabalho com o objetivo de analisar as percepções sobre os fatores epigenéticos na causação da VOS e a influência do determinismo ambiental nas concepções de professores. A partir da análise de questionários, respondidos por vinte professores do ensino Médio, constatou-se que em muitos casos a visão de que os hormônios influenciam na homossexualidade é dominante na concepção destes profissionais.
Referências
ANDRADE, C. P. Concepções Sobre Diversidade de Orientações Sexuais nos Livros Didáticos de Biologia e Ciências. Dissertação. Mestrado em Ensino, Filosofia e História da Ciência, da Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2004.
ANDRADE, C. P.; FORASTIERI, V.; EL-HANI, C. N. Como os Livros Didáticos de Ciências e Biologia abordam a questão da Orientação Sexual? In: III Enpec – Encontro de Pesquisa em Educação em Ciências, 2001, Atibaia. III ENPEC. Belo Horizonte - Minas Gerais: ABRAPEC, 2001.
BIEBER, I.; DAIN, H. J.; DINCE, P. R. et al. Homosexuality: a psychoanalitic study. New York: Basic Books Inc., 1962.
FLETCHER, A.; RUSSEL, S. Incorporating Issues of Sexual Orientation in the Classroom: Challenges and Solutions. Family Relations, v. 50, n. 1, p. 34-40, 2001.
FORASTIERI, V.; ANDRADE, C. P.; SOUZA, A. L. et. al. Evidence against a relationship between dermatoglyphic asymmetry and male sexual orientation. Human Biology, n. 70, p.143-156, 2002.
FORASTIERI, V.; MARTINS, L. A influência do reducionismo genético nas concepções de professores sobre a Variedade de Orientações Sexuais. Candombá – Revista Virtual, no prelo.
FRIEDMAN, B. B.; O’HARA, H.; SETELL, J. What Heterosexual Teachers Need to Know about Homosexuality. Childhood Education, p. 40-42, Fall, 1996.
HALL, J. A.; KIMURA, D. Dermatoglyphic Assymetry and Sexual Orientation in Men. Behav. Neurosci., v. 108, n. 6, p. 1203-1206, 1994.
KOLODONY, R. C.; MASTERS, W. H.; HENDRIX, J; et al. Plasma Testosterone and Semen Analysis in Male Homosexuals. The New England Journal of Medicine, v. 285, n. 21, p. 1170-1174, 1971.
LE VAY, S. A Diference in Hipotalamich Structure Between Heterosexual and Homosexual Men. Science, v. 253, p. 1034-148, 1991.
MARGOLESE, M. Homosexuality: A New Endocrine Correlated. Hormones and Behaviour, n. 1, p. 151-155, 1970.
PETROVIC, J. E. Moral Democratic Education and Homosexuality: Censoring Morality. Journal of Moral Education, v. 28, n. 2, p. 201-209, jun. 1999.
PILLARD, R.; BAILEY, M. Human Sexual Orientation has a heritable Component. Human Biology, Wayne State University Press, Detrit, Michigan, v. 70, n. 2, p 347-365, 1998.
REIS, M. S. A. Paradidáticos de Ciências: Ambiente como Tema de Análise. In: VII Encontro perspectivas do Ensino de Biologia, Simpósio Latino- Americano da IOSTE, 1997. Faculdade de Educação, Unicamp, SP., 1997.
ROTHENBERG, R. E. Medicina e Saúde – guia prático. São Paulo: Nova Cultural, 1987.
SOARES, M.; FORASTIERI, V. Concepções de futuros professores de biologia sobre a variedade de orientações sexuais. In. GUENA, M. (org.). Múltiplos Saberes: estudantes constroem conhecimento. Salvador: Centro Universitário Jorge Amado, 2008.