Diagnóstico ambiental simplificado de fragmentos florestais urbanos
APA da Avenida Assis Valente, Salvador, Bahia
Palavras-chave:
Indicadores, Conservação, Fragmentação, Vegetação, UrbanizaçãoResumo
A Mata Atlântica se apresenta fragmentada em remanescentes pequenos num contexto urbano, como a APA Municipal do Vale do Assis Valente. O objetivo foi realizar um diagnóstico ambiental adaptado para esta área usando-se de cinco unidades amostrais para análises com foco na fitossociologia e florística. Foram identificadas 22 espécies, de 14 famílias botânicas. Foram poucos os indícios de fauna silvestre e muitos de antropismo. Pode-se classificar o ecossistema como “ciliar”. A área possui densidade e diversidade de árvores relativamente baixa, com baixo porte, com boa sanidade e poucas trepadeiras. As áreas com os piores índices apresentaram alta dominância e invasão biológica. Os dados indicam uma floresta secundária em estágios iniciais de regeneração e sob o efeito de borda. Apesar disso, a área é relevante, no contexto da paisagem, para a manutenção de serviços ecossistêmicos essenciais, como a conservação dos recursos hídricos, da biodiversidade, além dos serviços culturais.
Referências
ALENCAR, Lucas de Farias C. S. A dinâmica dos padrões de desmatamento e da vegetação secundária na Amazônia e suas implicações para a biodiversidade. 2018. 104 f. Dissertação (Mestrado em ecologia) INPA, MANAUS – AM. 2018. Disponível em:<http://www.esensing.org/papers/tese_124.pdf>. Acesso em: 06/07/2020.
ASSIS, A. P. C. ICMS Ecológico como indutor da preservação ambiental em municípios de baixo IDH no estado da Bahia. 2008. 141 f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Sustentável) – Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, Brasília, 2008.
BIERREGARD et al. The Biological Dynamics of Tropical Rainforest Fragments: A prospective comparison of fragments and continuous forest. BioScience, Vol. 42, No. 11, Stability and Change in the Tropics, (Dec., 1992), pp. 859- 866.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 5, de 04/05/1994. Define vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica, a fim de orientar os procedimentos de licenciamento de atividades florestais no Estado da Bahia. Diário Oficial da União nº 101, de 30 de maio de 1994, Seção 1, páginas 7912-7913. Acesso em: 29/09/2019.
BRASIL. Serviço Florestal Brasileiro. Inventário Florestal Nacional. Disponível em:<http://www.florestal.gov.br/metodologia>. Acesso em: 29/09/2019.
CARMO et al. Estrutura da comunidade de plantas lenhosas em fragmentos de cerrado: relação com o tamanho do fragmento e seu nível de perturbação. Revista Brasil. Bot. São Paulo, V.34, n.1, p.31-38, jan.- mar. 2011.
CASTELLO, A. C. D.; COELHO, S.; CARDOSO-LEITE, E. Lianas, tree ferns and understory species: indicators of conservation status in the Brazilian Atlantic Rainforest remnants, southeastern Brazil. Brazilian Journal of Biology, v. 77, n. 2, p. 213-226, 2017.
COELHO, R. F. R., I. S. MIRANDA & D. MITJA, 2012. Caracterização do processo sucessional no Projeto de Assentamento Benfica, sudeste do estado do Pará, Amazônia oriental. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Naturais 7(3): 251-282.
CPRM - Serviço Geológico do Brasil. Folha SD.24 Salvador: carta hidrogeológica - escala 1:1.000.000. Sistema Geodésico De Referência: SIRGAS - 2000 - Brasil - Policônico, Datum: D-SIRGAS -2000, Latitude de Origem: 00(Equador), Meridiano Central: 390W de Greenwich, Esferoide: GRS _1980, 2016. Disponível em: <http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/17495>. Acesso em: 20/03/2020.
CURCIO, Gustavo Ribas. RELAÇÕES ENTRE GEOLOGIA, GEOMORFOLOGIA, PEDOLOGIA E FITOSSOCIOLOGIA NAS PLANÍCIES FLUVIAIS DO RIO IGUAÇU, PARANÁ, BRASIL. 2006, tese de doutorado (Engenharia Florestal). Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2006. 511 págs. Disponível em: <https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/34416/GUSTAVO%20RIBAS%20CURCIO.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 09/03/2020.
DA FONSECA, Cassiano Ribeiro; CARVALHO, Fabricio Alvim. Aspectos florísticos e fitossociológicos da comunidade arbórea de um fragmento urbano de floresta atlântica (Juiz de Fora, MG, Brasil). Bioscience journal, v. 28, n. 5, 2012.
DISLICH, R. Florística e estrutura do componente epifítico vascular da Reserva da Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”, São Paulo, Brasil. Tese (Mestrado em Ecologia) - Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo. p. 1 - 183, 1996.
ENGEL, Vera Lex; FONSECA, Renata Cristina Batista; OLIVEIRA, RE de. Ecologia de lianas e o manejo de fragmentos florestais. Série técnica IPEF, v. 12, n. 32, p. 43-64, 1998.
FILHO, Roque Cielo; SANTIN, Dionete A. Estudo florístico e fitossociológico de um fragmento florestal urbano: Bosque dos Alemães, Campinas, SP. Brazilian Journal of Botany, v. 25, n. 3, p. 291-301, 2002.
GUARIGUATA, Manuel & OSTERTAG, Rebecca. Neotropical secondary forest succession: Changes in structural and functional characteristics. Forest Ecology and Management. 148. 185-206. (2001). Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/222680259_Neotropical_secondary_forest_succession_Changes_in_structural_and_functional_characteristics. Acesso: 20/09/2021.
KANT, Shashi. Integration of biodiversity conservation in tropical forest and economic development of local communities. Journal of Sustainable forestry, v. 4, n. 1-2, p. 33-61, 1996.
MOURA, Valdir; MASCARENHAS, Adriano Reis P.; ROSSEL, Eduardo C. F. Análise fitossociológica de uma floresta ombrófila aberta em diferentes modelos de colonização da Amazônia. Nativa, Sinop, v.5, n.2, p.118-126, mar./abr. 2017. ISSN: 2318-7670.
OLIVEIRA et al. O GÊNERO Piper NO BRASIL: O ESTADO DA ARTE DA PESQUISA. Biodiversidade - v.19, n.3, 2020 - pág. 198 - 210. UFMT, Mata Grosso. Disponível em:<https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/biodiversidade/article/view/10828>. Acesso em: 16/08/2020.
OLIVEIRA, L. C. L. Q. et al. Classificação ecológica de espécies arbóreas por meio da análise da distribuição diamétrica. Res. Espacios, v. 38, n. 42, p. 3, 2017.
PINTO, L.P. Status e os novos desafios das unidades de conservação na Amazônia e Mata Atlântica. In: Lima, G.S.; Almeida, M.P.; Ribeiro, G.A. (Orgs.). Manejo e conservação de áreas protegidas. Universidade Federal de Viçosa: Viçosa, 2014. p. 41-58.
POGGIANI et al. Indicadores de sustentabilidade das plantações florestais. SÉRIE TÉCNICA IPEF v. 12, n. 31, p. 33-44, abr., 1998. Disponível em: <https://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr31/cap3.pdf>. Acesso em: 17/04/2020.
PORTELA, Rita de Cássia Quitete; SANTOS, Flavio Antonio Maës dos. Litter production and accumulation in the edge and interior of Atlantic Rain forest fragments of different sizes. Brazilian Journal of Botany, v. 30, n. 2, p. 271-280, 2007.
SALVADOR. SUCOM e FIPE. Anexo 03 da Lei 9.069 de 30 de junho de 2016. MAPA de Áreas remanescentes do bioma da Mata Atlântica. Projeção UTM 24S, Datum SAD69. 2016.
SALVADOR. Lei 9.069 de 30 de junho de 2016. Dispõe sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município de Salvador - PDDU 2016 e dá outras providências. Disponível em:<http://www.sucom.ba.gov.br/wp-content/uploads/2016/07/LEI-n.-9.069-PDDU-2016.pdf>. Acesso em: 15/05/2019.
SALLES, Jania Cabrelli; SCHIAVINI, Ivan. Estrutura e composição do estrato de regeneração em um fragmento florestal urbano: implicações para a dinâmica e a conservação da comunidade arbórea. Acta botanica brasilica, v. 21, n. 1, p. 223-233, 2007.
SILVA, Maria Alice Pereira da. Pedra de Xangô: um lugar sagrado afro-brasileiro na cidade de Salvador. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) Faculdade de Arquitetura. Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo. Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2017.406 fl.
SIQUEIRA, Josafá Carlos de. Bioinvasão vegetal: dispersão e propagação de espécies nativas e invasoras exóticas no campus da pontifícia universidade católica do rio de janeiro (puc-rio). Pesquisas, botânica N° 57: 319-330. São Leopoldo, Instituto Anchietano de Pesquisas, 2006.
SOS MATA ATLÂNTICA. Relatório anual de atividades 2017. São Paulo, SP, 2017. Disponível em: <https://www.sosma.org.br/wp-content/uploads/2018/10/AF_RA_SOSMA_2017_web.pdf>. Acesso em 06/05/2019.
SOUZA, Valdenir Barbosa de, ROCHA, Raphael R., PIGOZZO, Camila M. Conservação dos fragmentos florestais do Parque em Rede de Pedra de Xangô, Salvador-Bahia. CANDOMBÁ, v.16, n.1, p. 1-15, jan. – dez. 2020, ISSN 1809-0362.
ZENNI, Rafael Dudeque; ZILLER, Sílvia Renate. An overview of invasive plants in Brazil. Brazilian Journal of Botany, v. 34, n. 3, p. 431-446, 2011.
