Comunidade de meliponíneos (Hymenoptera: Apidae: Meliponini) visitantes florais de Alpinia nutans (L.) Roscoe (Zingiberaceae) em um remanescente urbano de Mata Atlântica no município de Salvador, Bahia
Palavras-chave:
Alpinia, Meliponini, Zingiberaceae, AbelhasResumo
Objetivando entender a utilização dessa espécie vegetal como recurso trófico, realizou-se o levantamento das abelhas da tribo Meliponini em flores de Alpinia nutans (L.) Roscoe em um remanescente urbano de Mata Atlântica no município de Salvador, Bahia. O estudo foi desenvolvido no Museu de Ciência e Tecnologia da Bahia, no município de Salvador, Bahia. Foram realizadas 12 amostragens durante o período de setembro de 2017 a agosto de 2018, iniciando às 06:00 e finalizando às 17:00. Foram capturados 163 meliponíneos visitando flores de A. nutans, a espécie mais frequente foi Trigona spinipes (Fabricius, 1793), com 98,16% (n=160) dos indivíduos coletados. Durante o período de amostragem, o mês de novembro apresentou maior abundância de indivíduos, com 50 espécimes coletados e o horário que apresentou maior frequência de visitações foi entre 09:00h às 10:00h, com 24 visitações. Diante disso, a A. nutans é um importante recurso floral para os meliponíneos na área.
Referências
ANDENA, S. R., BEGO, L. R., e MECHI, M. R. (2009). A comunidade de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) de uma área de cerrado (Corumbataí, SP) e suas visitas às flores. Revista Brasileira de Zoociências, 7(1).
FAEGRI, K. e PIJL L. Van der. (1979). The principles of pollination ecology. 3. rd. Pergamon Press, Oxford, 244p.
IMPERATRIZ-FONSECA, V. L., CANHOS, D. A. L., ALVES, D. A., E SARAIVA, A. M. (2012). Polinizadores no Brasil: Contribuição e perspectivas para a biodiversidade, uso sustentável, conservação e serviços ambientais. São Paulo: EDUSP.
KLEINERT, A. M. P., ETEROVIC, A., SANTOS-FILHO, P. S. (2012). Por que os levantamentos de abelhas falham quando se trata de entender suas comunidades. In: Polinizadores no Brasil (eds. Imperatriz-Fonseca V.L., Canhos D.A.L., Alves D.A., Saraiva A.M.), cap. 8, p. 175-180.
KRIECK, C., FINATTO, T., MÜLLER, T. S., GUERRA, M. P., E ORTH, A. I. (2008). Biologia reprodutiva de Alpinia zerumbet (Pers.) BL Burtt & RM Sm.(Zingiberaceae) em Florianópolis, Santa Catarina. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 10(2), 103-110.
KRUG, C. e ALVES dos Santos, I. (2008). O uso de diferentes métodos para amostragem da fauna de abelhas (Hymenoptera: Apoidea), um estudo em Floresta Ombrófila Mista em Santa Catarina. Neotrop Entomol, 37, 265-278.
LUTINSKI, J. A. E GARCIA, F. R. M. (2005). Análise faunística de Formicidae (Hymenoptera: Apocrita) em ecossistema degradado no município de Chapecó, Santa Catarina. Biotemas, 18(2), 73-86p.
Michener, C. D. (2007). The Bees of the World. 2nd. Ed. Johns Hopkins, Baltimore.
OLIVEIRA, F. F. (2003). Revisão do gênero Frieseomelitta von Ihering, 1912 (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae), com notas bionômicas de algumas espécies (Doctoral dissertation, Tese de Doutorado, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 327p.
OLLERTON, J., WINFREE, R., E TARRANT, S. (2011). How many flowering plants are pollinated by animals?. Oikos, 120(3), 321-326.
RAFAEL, J. A., MELO, G. A. R., CARVALHO, C. J. B., CASARI, S. A., CONSTANTINO, R. (2012). Insetos do Brasil: Diversidade e Taxonomia. Holos Editora, Ribeirão Preto. 810p.
SANTANA, A. V. C E OLIVEIRA, F F. (2010). Inventário das espécies de abelhas (Hymenoptera, Apiformes) do campus da UFBA (Ondina), Salvador, Ba: dados preliminares III. Candombá – Revista Virtual, 6 (1), 28-51.
SILVEIRA, F. A., MELO, G. A., & ALMEIDA, E. A. (2002). Abelhas brasileiras. Sistemática e Identificação. Fundação Araucária, Belo.