Reflexões sobre o arquétipo da bruxa

O mito de Hécate e o processo de demonização feminina

Authors

  • Inge Buchs Marchesini Centro Universitário Jorge Amado
  • Kércia Fonsecada Cruz Centro Universitário Jorge Amado
  • Maria da Glória Gonçalves Santos Centro Universitário Jorge Amado. Fundação Oswaldo Cruz.

Keywords:

Feminino, Arquétipo, Demonização

Abstract

O presente artigo teve como objetivo discutir sobre o processo de demonização feminina que faz parte da história de diversas sociedades, através da análise de documentos dos séculos XV e XVIII que perpassam o período da inquisição e caça às bruxas, bem como artigos empíricos que refletem sobre o papel social do feminino medieval e atual, e o mito de Hécate, a partir da perspectiva da Psicologia Analítica, trazendo o arquétipo da bruxa como principal referencial teórico ao traçar um comparativo com a forma que a mulher é vista no mundo contemporâneo e os processos de demonização sofridos na idade média.

Author Biographies

Inge Buchs Marchesini, Centro Universitário Jorge Amado

Graduanda do curso de Psicologia no Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE).

Kércia Fonsecada Cruz, Centro Universitário Jorge Amado

Graduanda do curso de Psicologia no Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE).

Maria da Glória Gonçalves Santos, Centro Universitário Jorge Amado. Fundação Oswaldo Cruz.

Professorado curso de Psicologia no Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE).

References

Azevedo, G. X. Das vassouras aos ramos: o arquétipo das benzedeiras nas antigas bruxas medievais. Mandrágora, v.21. n. 21, p. 119-133, 2015.

Bastos, R. A. S. M. Ressonâncias medievais no feminino contemporâneo: os modelos de feminilidades do medievo e sua relação com a violência contra as mulheres. Mandrágora, v.22. n. 2, p. 67-89, 2016.

Campos, A. A. As Bruxas retornam... Cacem as Bruxas! (um argumento para o controle histórico da sexualidade feminina). Revista Espaço Acadêmico, n. 104, p. 64-72, 2010.

Clay, J. S. The HecateoftheTheogony. GRBS 25, 1984.

Dias, B. V. K.; Cabreira, R. H. U. A Imagem da Bruxa: da Antiguidade Histórica às Representações Fílmicas Contemporâneas. IlhaDesterro, Florianópolis, v. 72, n. 1, p. 175-197, 2019.

G. R. A. M. The Belief of Witchcraft Vindicated: Proving, From Scripture, there have been Witches, and, from Reason, that there may be Such still. In Answer to a late pamphlet, intituled, The Impossibility of Witchcraft: Plainly proving, from Scripture and Reason, That there never was a Witch. Printed for J. Baker, at the Black-Boy in Pater-Noster-Row, Price Six Pence, 1712.

Hesíodo, Teogonia, 500 a.C.

Johnston, Sarah I. Hekate Soteira. Scholars Press, 1990.

Jung, C. G. Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo. Petrópolis. Editora Vozes, 1959.

Jung, C. G., et. al. O Homem e Seus Símbolos. Rio de Janeiro. HarperCollins Brasil, 3ª edição especial, 2016.

Mooney, Carol M., Hekate: Her Role and Character in Greek Literature from before the Fifth Century B.C. 1971.

Larocca, G. M. A representação do mal feminino no filme A Bruxa. Gênero, v. 19 n.1, p. 88-109, 2018.

Ou, A. The Liminal and Universal: Changing Interpretations of Hekate, Berkeley Undergraduate Journal of Classics, v. 5, 2016.

Pádua, E. M. M. Metodologia da pesquisa: abordagem teórico-prática. 2. ed. São Paulo: Papirus, 1997.

Pires, J. D. A. Visões sobre o feminino e o corpo na Idade Média. Feminismos, vol.3, n.2 e 3, 2015.

Portela, L. N. S. MalleusMaleficarum: bruxaria e misoginia na Baixa Idade Média. Religare, v. 14, n. 2, p. 252-281, 2017.

Rabinowitz, Jacob. The Rotting Goddess: The origin of the witch in classical antiquity's demonization of fertility religion. Autonomedia, 1998.

Reis, M. V. Entre a permissão divina e a danação mundana: a construção do MalleusMaleficarum sob a ótica do medo no Ocidente. Pergaminho: Revista discente de Estudos Históricos, v. 1, p. 73-88, 2010.

Siegel, D., Wyvern, N. A Magia de Hécate: uma roda do ano com a rainha das bruxas. Editora Madras, 2012.

Published

2020-11-03

How to Cite

Marchesini, I. B., Cruz, K. F., & Santos, M. da G. G. (2020). Reflexões sobre o arquétipo da bruxa: O mito de Hécate e o processo de demonização feminina. Apoena, 3, 1–11. Retrieved from https://publicacoes.unijorge.com.br/apoena/article/view/266

Issue

Section

Artigos